

Divorciada e mãe de três filhos, a britânica Nicky Taylor, 42 anos, é a cobaia humana mais querida da Inglaterra. A repórter da rede BBC (foto acima) especializou-se em reportagens nas quais coloca seu próprio corpo à disposição da ciência e do jornalismo. Já ficou seis semanas sem tomar banho, embriagou-se até cair e passou por uma cirurgia plástica, tudo em frente às câmeras e com o monitoramento de médicos e especialistas.
Seu maior hit é o documentário “Should I Smoke Dope?” (”Eu Deveria Fumar Maconha?”). Disponível em seis partes no YouTube, ele revela a saga enfumaçada de Nicky pelas ruas de Amsterdam — onde fumou diariamente e trabalhou por um mês como balconista de um Coffee Shop, estabelecimento onde o comércio e o consumo da erva são liberados – e Londres — onde virou cliente de traficantes de skunk, a maconha turbinada geneticamente, até cinco vezes mais potente que a tradicional.
O experimento foi revelador. Depois de ter consumido a droga esporadicamente na época de faculdade, Nicky ficou chocada com o poder de fogo das suas novas versões. Enquanto a maconha a deixou lesada, com fome e rindo sem muito motivo (efeitos clássicos), o skunk levou-a à paranóia. “Achava que todos à minha volta estavam falando a meu respeito pelas minhas costas”, diz ela no vídeo. Além disso, Nicky ainda foi a cobaia de um estudo original. A repórter recebeu duas injeções diferentes contendo as substâncias ativas da cannabis. Com a primeira picada, um coquetel de THC e endocanabinóides (a mistura original), sofreu menos danos. Já a segunda, com THC puro (a versão superpoderosa das ruas), fez com que ela apresentasse sinais de psicose grave. “Quis pular da janela”, diz Nicky.
No final das contas, Nicky classificou a experiência como “terrível” e chegou fácil à resposta da pergunta proposta no título de seu documentário: “Não, eu não devo fumar maconha.”
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